Ex-governador de Mato Grosso e eleito pela segunda vez senador da República, Jayme Campos disse que lutará por mais direitos e garantias para seu estado. “Hoje o Mato Grosso deixa de recolher R$ 6 bilhões em impostos para que nossas commodities tenham competitividade no mercado internacional. O estado deveria receber como compensação R$ 400 milhões ao ano, mas precisa contar com a ‘benevolência’ do governo federal e do Congresso Nacional para que isso ocorra”, destacou.
Em relação ao mercado interno de MT, Jayme Campos afirmou que o governo estadual não pode se tornar refém de determinados setores do agronegócio. “Existe hoje uma conversa fiada de que 99% da produção de soja vão para exportação. Nós sabemos que não é bem assim. Boa parte fica no mercado interno. Isso precisa mudar. Esses recursos que deixam de ser arrecadados tem feito de Mato Grosso um estado sem desenvolvimento, sem saúde, sem educação, sem prosperidade”, frisou.
Sobre a atuação do Congresso Nacional em 2019, o senador mato-grossense acredita em um ano de mudanças na “forma de fazer política”. “Esse foi o recado das urnas. Tanto o Senado Federal quanto a Câmara dos Deputados tiveram expressiva renovação. A própria mudança tem que ser a pauta de cada parlamentar, de cada homem e mulher revestido de mandato eletivo. Portanto, espero um legislativo voltado para a transparência nas questões dos recursos públicos e um Congresso Nacional com valores e comportamentos éticos”.
Biografia
Jayme Campos, 67 anos, foi três vezes prefeito de Várzea Grande, quando transformou a cidade na segunda maior economia do estado. Como governador do MT (91-94), investiu em infraestrutura, modernizou a máquina pública, reduziu impostos e abriu caminhos para o desenvolvimento do agronegócio na região. Atuou como senador da República pela primeira vez entre os anos de 2007 e 2014. Foi presidente da Comissão de Assuntos Sociais, no biênio 2011-2012, e exerceu a função de vice-presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, além de líder da minoria e vice-líder do Democratas. Também foi titular das Comissões de Assuntos Econômicos, de Agricultura e Reforma Agrária; e de Serviços de Infraestrutura. Em 2019, volta Senado para mais um mandato de oito anos, após ter conquistado 490.699 votos.
Foto: Agência Senado